segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Programa Eleitoral

POLIS

O papel do Bloco na Assembleia da República foi decisivo na aprovação do alargamento do programa Polis a diversos municípios concretamente Gondomar. Mas não podemos esquecer algumas preocupações. Na cidade de Valbom, o programa Polis apenas contempla a requalificação da zona ribeirinha. Por isso tememos que essa zona seja dada à especulação imobiliária, criando assim uma barreira entre a zona ribeirinha e as populações do interior de Valbom isolando-as cada vez mais como se de ilhas se tratassem, empobrecendo essas zonas e isolando as pessoas que já hoje enfrentam fortes problemas como o desemprego, a baixa escolaridade e a falta de acessibilidades. Não será isto segregação social?

A zona Polis deve ser criada para favorecer toda a população devendo assegurar os interesses das pessoas e não os interesses económicos ao serviço dos mais favorecidos.

Por isso, pretendemos que o centro de Valbom e os seus residentes não sejam esquecidos em detrimento dos interesses instalados na zona ribeirinha. Os autarcas não podem esquecer as zonas piscatórias, bem como os pescadores de Valbom. A Pesca é uma actividade que sustenta dezenas de famílias e que tem vindo a fraquejar uma vez que a autarquia tudo tem feito para entregar esta zona aos interesses imobiliários. Pelo que, esperamos que a autarquia pense nos Valboenses e não construa um muro à beira rio negando-lhes o acesso à actividade piscatória, ao lazer e não crie mais uma barreira para afastar Valbom do rio e da cidade do Porto aqui tão perto.

SAÚDE

Valbom é uma cidade com 27 000 habitantes. Justifica-se perfeitamente que seja elaborado um acordo entre as entidades competentes de forma a assegurar à população de Valbom um serviço de farmácias em funcionamento durante 24 horas por dia em regime de turnos. Sendo que muitas vezes os Valboenses têm que se deslocar a sítios distantes recorrendo à praça de táxis.

Vamos fazer força para que o posto de saúde esteja ao serviço da população de Valbom e não a interesses economicistas do Ministério da Saúde.

Por isso, propomos que o posto de saúde funcione até às 24 horas, uma vez que entendemos que esta estrutura reúne as condições necessárias para melhor servir os habitantes desta cidade evitando a deslocação desnecessária ao centro de Gondomar ou aos hospitais do Porto (Gondomar nem sequer dispõe de um hospital).

CULTURA E LAZER

Valbom tem imensos espaços verdes entre a zona ribeirinha e o seu interior que mais não passam de focos de incêndios e, muitas vezes, espaços dados à marginalidade e a outras actividades que em nada abonam ou engrandecem a boa gente de Valbom. Propomos a criação de um parque da cidade entre a zona do monte e a beira-rio, aproximando a cidade do programa Polis, uma vez que o lugar é de inegável beleza podendo concorrer, em nosso entender, com a oferta do parque da cidade do Porto (passeios matinais, ciclovias, espaços de desportos, eventos culturais, guichés de merendas para convívio familiar, feiras do livro, artesanato e outros.) Inclusive um pequeno museu etnográfico da indústria da economia da nossa cidade.

Não compreendemos os milhões que são dados à cultura de elite (casa da música e meio milhão de euros para o teatro Rivoli) com os impostos pagos por todos os portugueses incluindo os Valboenses. Investir na cultura em Valbom é a melhor forma de enriquecimento da população local retirando os jovens à rua. Assim, propomos implementar maior apoio e propor actividades às instituições associativas escondidas e desaproveitadas e envolver o poder autárquico na publicitação dos diferentes espaços e espectáculos culturais para que a população usufrua desses espaços na produção de pintura, exposições, teatro, dança, animação de rua, música e festas com o intuito de expandir maior interesse na população, envolvendo nestas actividades jovens, idosos e pessoas diferentes.

Frisamos a exigência de mais iniciativas no campo da Fonte Pedrinha. Valbom não é só futebol. O Campo da Fonte Pedrinha encontra-se desaproveitado porque só serve os interesses do futebol. Por isso, propomos a criação de condições para outras actividades como o atletismo, ténis de terra batida e outros desportos, integrando os jovens e criando ocupações, podendo igualmente ser explorado na organização de eventos e concertos variados. Reparem que é um local de boa ligação e proximidade com o Porto o que permite encontros e troca de opiniões entre os Valboenses e gentes de outras zonas contribuindo para novas aprendizagens e enriquecimento pessoal.

ARRUAMENTOS

Atenderemos a que se faça uma maior intervenção nas ruas construindo mais rampas para as pessoas que se desloquem de cadeira de rodas.

É importante que se faça uma constante revisão de toda a rede de saneamento, canalização e águas pluviais, bem como uma revisão detalhada das ruas mais propícias ao empedramento ou ao asfalto. Tem-se tornado um hábito encontrar ruas empedradas quando na realidade deviam de estar asfaltadas.

É triste e lamentável que na cidade de Valbom, o poder local nada ou praticamente nada tenha feito no derrube das barreiras arquitectónicas como forma de facilitar a mobilidade das pessoas deficientes, idosos, grávidas e crianças. Prometemos por isso não nos calarmos.

SERVIÇOS

Devido à existência de poucas caixas multibanco, propomos a colocação de caixas em locais de maior afluência como as zonas da escola secundária e igreja.

Também queremos apostar na colocação de painéis solares nos edifícios públicos nomeadamente escolas, juntas, associações, etc.

MOBILIDADES

Sendo a cidade de Valbom a mais próxima do centro do Porto, é aquela que em termos de acessibilidade se encontra mais distante, isto porque o poder local nunca pugnou pelos interesses dos Valboenses. Recordamos que se encontra prevista a passagem do metro por Valbom em 2018. E até lá? As populações continuam limitadas aos transportes rodoviários existentes que tão mal nos servem. Assim, o Bloco fazer-se-á ouvir em protesto para que a construção da linha do metro não mantenha a cidade de Valbom no esquecimento até 2018. Caso o metro não se faça nesta cidade o mais breve possível, o Bloco pergunta ao poder político se é assim que pretendem cumprir com as promessas de maior desenvolvimento na cidade (sem acessibilidades não há desenvolvimento.)

EDUCAÇÃO

O Bloco pretende abrir cursos livres para a época de férias na Escola Secundária de Valbom que devem ser apoiados pela Junta de Freguesia incentivando a prática de actividades tradicionais, bem como actividades mediadas pelos gostos dos jovens trazendo-lhes valor pedagógico e motivação. Estas actividades passam também pela criação de salas de estudo com boas condições estruturais. É um desejo de reforma proporcionado aos jovens que lhes trará um maior vigor construtivo através de animadores de diversas áreas.

Propomos igualmente mais e melhores condições de ensino especial (as crianças diferentes tocam-nos a todos e é uma obrigação criar-lhes melhores condições e prepara-las melhor para o futuro.)

ACÇÃO SOCIAL

Como sabem vivemos um período de crise extrema sendo que os primeiros afectados são as crianças e os idosos, em suma, as famílias mais desfavorecidas. Entendemos por isso que seja reforçada a acção social junto dos mais carenciados.

Propomos nomeadamente, entre outras, colocar postos de assistência nos bairros sociais ao invés da assistente social se deslocar duas vezes por semana ao local. Faria com que as pessoas fossem encaminhadas de forma adequada e mais rapidamente para situações convenientes aos seus problemas, como é o caso dos desempregados, ou das mães jovens. Queremos que sejam criadas creches para crianças com menos de 3 anos de idade.

­

Nenhum comentário:

Postar um comentário